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Finalmente consegui arranjar uns minutinhos para vos vir aqui falar de um dos melhores livros que li este ano - The Nightingale de Kristin Hannah. Não conhecia a autora, o livro não me foi recomendado por ninguém e nem sequer li opiniões antes de ler, foi um livro que li completamente por acaso. Vi na lista de Best Sellers do New York Times e a sinopse chamou-me à atenção. Foi publicado no início deste ano e, à data em que escrevo, mantém-se no Top 20 da referida lista. Se é verdade que tenho uma lista interminável de livros para ler, alguns deles há anos, é também verdade que gosto de ir lendo um ou outro livro recente, que apareça nestas listas para me manter a par do que se vai escrevendo por aí.

 

Não conhecendo a autora a escrita foi uma completa revelação, é uma escrita fluida, cuidada e com óptimos diálogos. A história passa-se em dois momentos - em França, durante a Segunda Guerra Mundial, e nos Estados Unidos em 1995. Vai acompanhando a história de duas irmãs, a irmã mais velha, Vianne, casada e com uma filha, é a irmã mais certinha, a Isabelle é a rebelde, que foi expulsa de vários colégios. Já vos disse, aquando da review ao All the Light We Cannot See, que gosto muito de livros passados em clima de guerra, principalmente nesta guerra. Isso, claro, contribuiu para escolher este livro entre tantos outros. Quando a história se desenrola nos anos quarenta vai-se dividindo entre as duas irmãs; em 1995 temos apenas uma narradora, sexo feminino, sem qualquer caracterização que torna impossível perceber quem é. Ao longo do livro pensei que fossem mil personagens diferentes, uma das irmãs, uma amiga de uma delas, uma mera conhecida, a filha de uma delas, enfim as hipóteses eram mais que muitas e, no final, é surpreendente. 

 

A história é lindíssima, enternecedora, retrata bem a dureza da guerra e do regime Nazi, tem paixões, traições, lealdades quebradas e reconquistadas, tudo aquilo que a guerra proporciona ao ser humano. A diferença deste para o All The Light We Cannot See é que, sendo escrito por uma senhora acaba por ter outra sensibilidade e dar ênfase a situações que os homens nem sempre conseguem (embora haja excepções, naturalmente), acaba por ser uma visão um bocadinho diferente da guerra, não diria sentimentalista mas mais humana e mais sensível. Acabei de ler este livro a um sábado, já passava das três da manhã, porque simplesmente não conseguia nem queria largá-lo. Chorei em alguns momentos do livro e, no final, há tanta coisa que acabou bem e tantas outras que ficaram mal que chorei durante um capítulo inteiro. Sem dúvida que a Vianne e a Isabelle vão ficar guardadas na memória como das melhores personagens que li. É, também sem dúvida, um livro que irei reler no futuro.

 

Este livro deixou-me também curiosa para ler outros trabalhos da autora, gostei tanto do livro que acabei por deixar (através da minha conta Goodreads pessoal) uma mensagem à autora, coisa que nunca tinha feito na vida. Mas o livro tocou-me tanto que não resisti.

 

Se querem ler um bom livro e estão sem ideias, se querem começar já a fazer as compras de Natal (faltam dois meses pessoas!!!) e há pessoas a quem vão oferecer livros este é um excelente presente (embora ainda só haja em inglês...). Podem encontrá-lo no Círculo de Leitores e aproveitar para ler uma entrevista da autora (obrigada à M* pelo excelente trabalho de investigação ).

 

The Nightingale recebe, sem sequer pensar duas vezes 

 

Nota: post editado para acrescentar o link da versão em Português.

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publicado às 18:48


16 comentários

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Miss F a 26.10.2015

Ahahah 106? Isso lê-se num instante. Sou da opinião que mais um livro nunca é demais...
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Magda L Pais a 26.10.2015

ahahahahahha são dois anos de leituras (eu leio, em média, 50 por ano)
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Miss F a 26.10.2015

Também ninguém disse que tens de ler estes 106 assim, de seguida.. nem todos os livros são para ler na mesma altura (isto é o que eu digo para justificar ter livros há anos na estante sem os ler.. há-de chegar a altura deles!)
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Magda L Pais a 27.10.2015

ahahahaahahahaa boa desculpa :p o meu maior problema começa a ser o espaço...ou, mais exactamente, a falta dele

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