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O filme sensação do momento. Tenho pena de não ter escrito imediatamente após o filme porque agora já sinto o efeito que o filme causa a desvanecer. É incrível, arrebatador até. Sim, tem naves espaciais que não é muito a minha onda, mas tem a Anne Hathaway que se tem vindo a tornar uma das minhas actrizes predilectas. É um filme complexo e grande (cerca de 3h) mas vale a pena cada minuto. É um filme que se passa lá em cima nas estrelas mas é muito mais sobre o que se passa cá em baixo, sobre o que é o ser humano, como funciona, o que o motiva, o que o faz 'pôr-se a mexer'. Tem tanto de ciência como tem de sentimentos. Houve quem não tivesse gostado, quem não tivesse percebido bem o objectivo ou tivesse achado que era delusional, mas estamos a falar de pessoas que foram ver um filme de 3h à sessão da meia noite durante a semana e que já saíram de lá a cair de sono. Pois meus amigos, de facto não é um filme para ver assim, para o perceber há que lhe dar atenção.

 

Adorei o filme, as teorias da relatividade tempo-espaço fascinam-me, já me tinham fascinado no Lost (que saudades desta série) e fascinaram-me mais quando vi um documentário do Discovery Channel que tentava explicar estas teorias. Ontem li este artigo que torna todo o filme ainda mais especial. Os efeitos especiais para este filme foram desenvolvidos através de bases matemáicas, o que levou o cientista que colaborou no filme, Kip Thorne, a descobertas científicas afirmando mesmo que com base no que foi feito para o filme consegue publicar dois artigos científicos, pelo menos. Isto é para mim espantoso, duas áreas que à partida não têm nada em comum conseguem afinal ser complementares. O que é feito como arte, para entretenimento, consegue ter aplicabilidade científica, é a realidade a imitar a ficção.

 

Resumindo - vão ver de mente aberta e desperta, vale muito a pena! Fica também o trailer para darem uma espreitadela.

 

 

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publicado às 09:00

O que ando a ler

por Miss F, em 18.11.14

Quase como seguimento da publicação anterior, com esta ânsia de ler tudo o que quero percebi que neste momento estou a ler três livros em simultâneo, com maior empenho no Anna Karenina. Comprei este livro em Maio e comecei a ler em Outubro, surgiu o After Dark pelo meio (que me pediram que lesse para dar a minha opinião) mas finalmente está a receber a devida atenção que merece. Entretando o Elizabeth, the Queen ficou algures a meio do seu reinado e a Mossad lá continua as suas missões. O mais idiota de tudo isto é que ambos os livros são super interessantes, baseados em factos reais. Mas lá está sempre o custo de oportunidade! Deixo aqui a promessa que nenhum dos dois chega a 2015, têm de ser terminados até ao fim do ano!

 

E desse lado, como vão gerindo as vossas leituras?

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publicado às 21:09

Não há almoços grátis

por Miss F, em 18.11.14

Em economia aprendemos logo à partida que não há almoços grátis. Há sempre um custo de oportunidade inerente a qualquer escolha, optar por A significa deixar de escolher C ou B. E a crónica deste fim-de-semana de Pacheco Pereira (que podem ler aqui) remete-nos exactamente para isto. Por cada livro que lemos há outro que deixamos de ler. Isto é uma coisa que me apoquenta, ter uma lista infindável para ler, dezenas de livros em casa que ainda não consegui ler (mas ainda assim continuo a comprar livros como se não houvesse amanhã) e perceber que não há tempo para tudo. Há quem peça mais horas do dia para terminar tudo o que tem pendente, eu só pedia uma hora extra para poder apenas e só ler.

 

Nesta crónica Pacheco Pereira diz que 'na melhor das hipóteses, numa vida de grande leitor, dificilmente se pode ultrapassar os 4000-5000 livros e já é contar por cima'. Também eu fui fazer as contas. Uma pessoa que viva 80 anos para ler 4 mil livros, e considerando que nos primeiros 6-7 anos não conseguimos ler, tem uma vida "útil" de 73 anos de leitura logo teria de ler 55 livros por ano para alcançar esse objectivo; para os 5 mil livros e com os mesmos pressupostos teria de ler cerca de 68 livros por ano. Isso é o dobro do que li em 2013, que pelos meus registos foi o ano em que li mais livros. E consegui tal marca porque estive metade no ano desempregada o que me permitiu ter mais tempo, mas num ano normal leio cerca de 2 livros por mês, dependendo também do tamanho e complexidade dos livros que escolho ler. 

 

Pacheco Pereira levanta a questão se vale a pena ler livros novos uma vez que a história da literatura é tão vasta e rica em bons livros. A mim surge-me outra questão. Numa outra publicação tinha prometido que ia falar sobre a questão livro vs filme, e a minha questão é:

 

Face e esta visão dos infernos, vale a pena ler tudo?

 

Muitos de nós têm listas de livros que querem ler, estão sempre a surgir novas sagas e novas opções que ainda estão frescos nas prateleiras e já têm acordos para o filme, vale mesmo a pena lermos o livro antes do filme? Ao ler esse livro sensação vou estar a deixar de ler outro que pode ser bem mais interessante e que só poderei saber lendo, logo entre um e outro prefiro ler aquele que só há em livro. Aqui não se trata de preguiça, é mesmo perceber se vale a pena ler porque é sensação. Dou-vos dois exemplos, o Hunger Games e o Divergente. Sabia que o Hunger Games envolvia algo próximo da ficção científica, algo que não é muito o meu estilo, mas havia muito zum zum à volta da saga. Vi o filme, adorei e depois li os livros que se tornaram numa das minhas sagas preferidas. O Divergente sabia que era algo parecido com o Hunger Games (também 'separam' as pessoas por áreas, embora de forma bastante diferente) mas não sabia muito mais, cheguei a folhear o livro mas optei por ver o filme. Se é um bom filme? Sim. Faz-me ter vontade de ler os livros? Nem por isso. Prefiro investir em outros livros que quero mesmo ler, não por preguiça, mas porque o custo de oportunidade é mais elevado lendo este livro ao invés de outro. Se vejo o filme em substituição do livro? Não, opto por conhecer a história de uma forma que me rouba menos tempo a outras histórias que prefiro explorar.

 

Em última análise o filme é uma forma de rentabilizarmos a leitura, em poucas horas vemos se a história nos atrai, se sim avançamos para o livro, caso contrário agradecemos o tempo que não perdemos a ler uma coisa que não é bem o que queríamos ler e aproveitamos o tempo de outra forma!

 

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publicado às 20:29

A Lei do Facilitismo

por Miss F, em 17.11.14

Hoje quando vagueava pela blogosfera dei com este post de um blog que não conhecia (mas gostei de ficar a conhecer!) que me fez pensar e questionar. Resumindo (embora aconselhe a leitura integral do post, vão lá, não custa nada :) ) a autora do blog fala no facto de os seus alunos cada vez mais se preocuparem com os resultados que conseguem atingir sem se preocuparem com a aprendizagem em si, não valorizam a dedicação nem o esforço, querem apenas o resultado, quase como uma fórmula mágica.

 

Este texto, embora seja sobre dança, faz-me pensar no mesmo em relação à leitura. As crianças cada vez lêem menos, a visão de um livro de 500 páginas é suficiente para desistirem ainda antes de começarem. Porque acontece isto? Estão habituados a que tudo lhes seja dado já como produto final, sem terem de se esforçar para obter esse mesmo produto, e por isso a visão de um desafio é algo que os tira da sua zona de conforto, é preferível ignorar que existem os livros.

Ler um livro, seja de 100 ou 800 páginas é sempre coisa para dar algum trabalho, uma pessoa tem que despender alguns dias para ler o livro, tem de pôr a cabeça a trabalhar, estar preparada para encontrar palavras que não conhece e que ou vai ver o significado no dicionário (ou no Priberam, que é muito mais fácil) ou, mais fácil ainda, fica na ignorância, enfim é uma trabalheira. Depois temos aquelas pessoas que nos dizem 'Não li, mas vi o filme e gostei muito'. Sim de facto um filme não exige assim tanta atenção, é coisa para estar despachada em 2 horinhas e lá seguimos a nossa vida felizes e contentes. Estaria a ser hipócrita se dissesse que nunca o fiz (aliás, no meu post sobre o Pride and Prejudice falo no filme), mas nunca vejo o filme em substituição do livro, por vezes mais como uma forma de em pouco tempo perceber se vale a pena (falarei sobre isto numa outra publicação). Mas a maior parte dos jovens arrisco dizer que nem dois livros lê por ano, ou talvez leia os obrigatórios. Ou os resumos dos obrigatórios. Os livros são encarados como uma seca, não têm imagens, não têm luzes nem acção, e aos poucos vou percebendo que o problema está em quem os lê, não existe imaginação nem criatividade dentro da cabeça para tornar o livro num filme só nosso, com as cores que só nos vemos, com os cheiros que só nós sentimos.. Desfrutar de um livro é uma coisa inimaginável, há um estigma que não é de agora em relação aos livros, são encarados como um mal por vezes necessário e não como fonte de aprendizagem ou como fonte de prazer. 

 

Inevitavelmente acabo por me questionar, e de quem é a culpa? Tem a ver com a sociedade em si, estamos cada vez mais globalizados, cada vez há menos tempo para tudo o que temos de fazer, e tudo o que seja ready made ultrapassa aquilo que pode demorar mais, mesmo que o benefício seja maior. Um exemplo vem também das escolas, quantos de nós nunca tiveram um colega que tinha grandes notas mas não sabia falar de nada? 'Empinava' a matéria para ter aquela nota mas não ficava nada lá dentro, o resultado - a nota- era mais importante do que o benefício - a aprendizagem. É lamentável ver que cada vez o mundo caminha mais neste sentido. E por mais que se descubra o que causa este mal, dificilmente ele é revertido.

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publicado às 17:13

Fifty Shades of Grey

por Miss F, em 14.11.14

Já chegou!! O tão aguardado segundo trailer do Fifty Shades of Grey viu esta madrugada a luz do dia. Esperava um pouquinho mais, o primeiro trailer foi tão WOW que achei que íamos ter um pouco mais no segundo.. Mas ainda assim, é bom, é muito bom! Estou a aguardar ansiosamente o filme, há ali uma linha ténue entre o erótico/sensual e o vulgar que não sei como conseguirão equilibrar no filme. Nos livros cada um tem a sua imaginação e fica dentro da nossa cabeça, em filme estou sinceramente curiosa para ver como vão agarrar a história, como vão entusiasmar sem ser too much, we'll see, we'll see.

 

 

Se o IMDB estiver certo teremos o privilégio de a estreia ser antes dos EUA e UK. Para Portugal tem estreia marcada para o dia 12 Fevereiro - sim, mesmo a tempo do São Valentim! Achei desde sempre a melhor data para a estreia, bastante sugestiva e com um óptimo timing. Ao nível do marketing acho que a data é propícia a esgotar em muitos cinemas no fim-de-semana da estreia.

 

Quanto aos actores acho a Dakota Johnson (que por cá era possível vê-la na série Ben & Kate na FoxLife) uma escolha muito acertada, o Jamie Dornan ainda não estou completamente convencida, só depois de ver o filme é que vou decidir. Há cenas no trailer em que está perfeito, há outras que não é bem, bem aquilo. Mas é esperar para ver!

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publicado às 17:11

Hunger Games: Mockingjay Part I

por Miss F, em 10.11.14

Finalmente está a chegar o novo Hunger Games! Confesso que este foi um dos casos em que primeiro vi o filme e só depois me rendi aos livros. Como sempre, achei os livros bastante mais completos e melhores que os filmes, mas ainda assim estou muito ansiosa por este filme.

 

Estreia já dia 20 de Novembro (só faltam 10 dias!!!)  e as expectativas são muito altas. Para quem ainda não entrou no mundo do Hunger Games esta é a altura ideal para verem os dois primeiros filmes e aproveitarem o terceiro para uma ida ao cinema!

 

Os dois anteriores filmes tinham excelentes bandas sonoras, incluindo os Coldplay, os Arcade Fire e os Imagine Dragons, mas também a Ellie Golding, Taylor Swift e a Lorde. Neste terceiro filme a Lorde volta a participar e desta vez, além de dar voz ao tema principal Yellow Flicker Beat é também a responsável por toda a banda sonora. Deixo-vos também o vídeo com imagens dos filmes.

 

 

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publicado às 17:47

Natal

por Miss F, em 10.11.14

Então, já se pode falar de Natal??

 

Nos centros comerciais já começam a surgir as primeiras decorações, o tempo também já arrefeceu para se instalar o clima de Natal e já começo a pensar no que vou oferecer a cada pessoa. E começo também já a pensar nas prendas que gostaria de receber.. Assim de repente um Natal só com livros parece-me bastante bem, mas a verdade é que as pessoas já quase se recusam a oferecer-me livros!

 

Quanto aos meus desejos para este ano não me importava nada de receber um livro do Saramago daquela nova colecção com as capas coloridas, o novo do Haruki Murakami, um dos packs do Murakami que vêm enrolados num lenço muito giro ou o The Silkworm, de Robert Galbraith, o pseudónimo da J.K. Rowling. 

 

A um mês e meio do Natal já tenho vontade de ouvir a minha tracklist natalícia, para quem se quiser inspirar aqui fica o meu Top 5 :)

 

1. Frank Sinatra - Let it Snow, Let it Snow, Let it Snow

2. Andy Williams - It's The Most Wonderful Time of The Year

3. Ella Fitzgerald - Sleigh Ride

4. Dean Martin - Rudolph the Red Nose Raindeer

5. Mariah Carey - All I Want for Christamas Is You

 

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publicado às 17:09

After Dark, Haruki Murakami

por Miss F, em 03.11.14

After Dark não é uma história directa, não tem, como nos ensinam na escola 'princípio, meio e fim'. É um livro que enquanto se vai lendo não conseguimos perceber ao certo onde nos vai levar, andamos continuamente à procura de qual é a história que nos quer contar e chegamos ao fim sem grandes explicações. Não é difícil de ler, a escrita é muito fluida e simples, mas ganha complexidade sem querer ser complexa, torna-se difícil entender, mesmo sendo fácil de ler. E para mim esta é a magia de Murakami. Nada faz exactamente sentido, mas de uma forma estranha tudo acaba por fazer sentido. Não tem uma história concreta, mas tem muitas histórias que nos fazem pensar. 

 

É uma história que passa por nós, umas quantas personagens que se assemelham a conhecidos por quem passamos na rua, com quem trocamos algumas histórias mas depois cada um segue a sua vida. E da mesma forma que essas experiências enriquecem a nossa vida, também este livro nos enriquece.

 

Se tivesse que o explicar a alguém em poucas palavras diria que mostra como tudo muda à noite (everything changes after dark). 

 

O primeiro livro que se lê de Murakami é sempre difícil, não entendemos bem o que se está a passar, mas depois quando entramos no estilo tudo nos faz sentido, são livros que nos fazem olhar de forma diferente para o mundo. Em vez de ser a história que nos transporta para outro mundo, somos nós quem transporta a história para o nosso mundo, fazendo com que o mundo se torne mais sem sentido e ao mesmo tempo faz com que queiramos entender mais profundamento o mundo vivemos.

 

Para finalizar diria que há bons livros que nos marcam por uma ou outra razão, os livros de Murakami são mais que isso, são formas diferentes de ver o nosso mundo, que se torna mais claro e ao mesmo tempo mais distante.

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publicado às 19:06


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