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Ontem acabei de ler As Intermitências da Morte de Saramago. É um livro pequenito que se lê bastante bem. A história começa numa passagem de ano em que, a partir da meia-noite, as pessoas deixam de morrer. Algumas ficam naquele limbo entre não melhorarem nem morrerem. Depois conhecemos a morte, e não a Morte, a própria insiste que o seu nome é morte, com minúscula. Gostei muito do livro, tem aquele encanto que só Saramago consegue ter. Gosto particularmente de quando a morte escreve para um jornal  e um gramático critica a carta da morte pela

 

"ausência de pontos finais, do não uso de parêntesis absolutamente necessários, da eliminação obsessiva de parágrafos, da virgulação aos saltinhos e, pecado sem perdão, da intencional e quase diabólica abolição da letra maiúscula (...) uma vergonha, uma provocação (...)"

 

Claramente uma piada com as críticas que tantas vezes apontam a Saramago. Saramago é sem dúvida uma daquelas pessoas que entra no lote das 5 pessoas que convidava para jantar (aquele jogo, sabem?).

 

Fiquei apenas um pouco desiludida porque normalmente quando leio Saramago retiro sempre 3 ou 4 frases marcantes para um caderninho de citações, desta vez não houve nenhuma que me tocasse particularmente. Contudo, recomendo este livro, é uma história diferente. Daria 4* em 5.

 

 

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publicado às 17:08



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