Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Tenho opiniões sobre muita coisa, gosto de discutir ideias e gosto de ler. Como já ninguém me ouve, decidi começar a escrever. Não me levem muito a sério.
Já vos tinha dito aqui que tinha aproveitado a Hora H para aumentar a minha biblioteca Murakami e aqui que tinha ido à Feira comer uma fartura. Pois bem, nesta segunda visita estava sob o olhar atento da minha mãe que revira os olhos sempre que entro com um livro novo em casa e acabei por não comprar nada. Não que ela desaprove que eu leia, só desaprova eu ter uma pilha de livros no chão em fila de espera. Soubesse ela a lista do Kobo... Adiante. Fui então à Feira uma terceira vez e já sabia o que ia acontecer. Vá a despesa não foi grande, em conjunto com o meu homem compramos o Cem Anos de Solidão, outro Murakami, uma biografia do Salazar e um livro da Segunda Guerra Mundial do Martin Gilbert. Foi uma despesa a meias e aproveitamos a promoção da Leya de leve 4 pague 3. Depois ainda fui muito querida e ofereci-lhe os dois volumes do Anti-Dühring do Engels (custaram 1€ cada num alfarrabista). Admito que ainda fiquei com livros na cabeça, nomeadamente As Grandes Agências Secretas de José-Manuel Diogo e O Homem de Constantinopla e Um Milionário em Lisboa do José Rodrigues dos Santos, mas não se pode ter tudo.
Digo isto todos os anos, mas para o próximo ano vou reservar verbas especificamente para a Feira do Livro para não ser um tamanho rombo no orçamento!
Ontem finalmente fui à Feira do Livro. Gosto muito de ir, acho sempre especial e lembro-me de todos os livros que lá comprei. Apesar de ir muitas vezes ontem pela primeira vez fui à noite e fiquei surpreendida com a quantidade de pessoas que lá estavam! Continuo a achar que os preços ainda são elevados para uma feira, acho que as editoras podiam ser um bocadinho mais ambiciosas. Tirando os livros do dia e aqueles mais antigos que se encontram por preços bem acessíveis a grande maioria tem um desconto de 10% que, convenhamos, encontra-se com facilidade no Continente ou na Fnac durante todo o ano. Mas bom, o que interessa no fundo é a experiência da Feira, é giro ver tanta gente junta pelos livros, é giro ver aquelas pessoas que só vão lá pela bifana ou pela fartura, é giro ver aquelas pessoas que parecem não estar ali por razão nenhuma, mas a Feira também é ir lá só ver as vistas e aproveitar um parque que na maior parte do ano está deserto.
Este ano existe um grande oferta gastronómica, já não temos só bifanas - temos bagels, temos cachorros fora do comum, temos pizza e comida mexicana, temos as bolas de berlim e a ginjinha de Óbidos, temos o típico algodão doce e também os churros. Aproveitei para comer um Bagel de pastrami e é uma delícia, petisquei ainda um fartura do Otário e não saí de lá sem um livro. Já tinha decidido que este ano não me podia desgraçar então defini que ia aproveitar para aumentar a minha colecção Murakami e eventualmente mais qualquer coisa. Aproveitei a Hora H que é assim a coisinha mais maravilhosa de sempre - entre as 22h e as 23h, de 2f a 5f, nas barraquinhas aderentes, temos desconto de 50% em livros com mais de 18 meses -, e o escolhido foi A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol, que me saiu pela módica quantia de 7€ e uns trocos. Há lá coisa melhor nesta vida que livros bons e baratinhos?
E pensam vocês (ou se não pensam passam a pensar) então e só um livro? Pois é meus amigos, ainda a procissão vai no adro, estimo ir pelo menos mais duas ou três vezes e não se pode gastar os cartuchos todos de uma só vez.