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Love wins

por Miss F, em 23.11.15

Já tinha dito há uns tempos que as questões da orientação sexual me chateiam. Quanto à adopção (logicamente) sou plenamente a favor, o que importa é que as crianças cresçam num ambiente saudável, com amor, carinho e acompanhamento. Se são famílias tradicionais, monoparentais ou casais homossexuais, o que é que isso interessa? Finalmente conseguimos em Portugal dar esse passo e, na passada sexta-feira, foi aprovada a adopção por casais homossexuais. Eu sou da opinião que, em boa verdade, a nossa sempre tão criticada Constituição já o permitia porque estabelece no seu artigo 13º, Nº2:

 

Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

 

Mas agora foi aprovado na Assembleia e há que aplaudir esta alteração. Para todos aqueles que, ao lerem este texto, se sentirem tentados a usar como argumentos que vai haver discriminação pela sociedade, que isso não é normal, que as crianças precisam de um pai e uma mãe, primeiro pensem - então e as crianças que perdem um dos progenitores? Devem ser retiradas ao progenitor que sobra e entregues a uma família com pai e mãe? E as crianças em Instituições, têm solução para elas? 

 

Em segundo lugar, vão ler isto e percebam que a anormalidade está no vosso cérebro, todas as crianças têm, acima de tudo, direito à felicidade. Se essa felicidade pode ser proporcionada por homossexuais, melhor para elas que ganham uma família que os quer amar incondicionalmente. 

 

Por último, se ainda assim quiserem continuar a discriminar as pessoas com base na sua orientação sexual, lamento mas vão estar cada vez mais sozinhos. O mundo já avançou. Podem discordar, ter uma opinião diferente, considerar que isto é errado, mas o mundo é assim mesmo, uns perdem e outros ganham. Desta vez, ganhou o amor. 

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publicado às 18:07

Tiros na cabeça

por Miss F, em 26.03.15

Mais uma vez a questão da homosexualidade volta a estar em destaque e, como já vem sendo habitual, não é pelas melhores razões. Pois que um advogado na Califórnia avançou com uma proposta de lei (que podem ver aqui) que prevê a morte de gays e lésbicas. Com um tiro na cabeça. Coisa pouca! Numa altura em que todos os dias aparecem notícias de execuções do ISIS que chocam o mundo, aparece este perfeito anormal a sugerir a execução de homossexuais. 

 

As questões da orientação sexual chateiam-me. Chateiam-me porque o que me interessa se A, B ou C dormem com um homem ou com uma mulher? Eu sou heterossexual, gosto de homens, ficava bastante chateada se alguém me dissesse 'Olha agora tens de passar a gostar de mulheres, é o que está certo'. Nada contra quem gosta, mas não faz o meu estilo. Logo, porque é que a sociedade se arroga o direito de definir quem gosta do quê?

 

Falemos dos dois argumentos mais usados. Deus não permite. Oi? Quem é Deus? Eu não sei, nunca o vi nem sequer acredito que exista. Mas mesmo que exista, nunca ninguém o ouviu dizer isso, nem ele tem mais direitos sobre mim do que eu. É contranatura. Não, não é. Os golfinhos fazem parte da natureza, apesar de procriarem com golfinhas têm sexo por prazer entre golfinhos, entre machos. Dado que o sexo não é exclusivamente para procriar, mas maioritariamente por prazer, qual é a parte contranatura de se obter prazer da forma que mais se gosta? Se até os animais têm relações dentro do mesmo sexo porque é que os humanos gostam de catalogar e definir o que é certo e errado? Para mim, errado é matar. Nomeadamente com um tiro na cabeça.

 

Estas manias de definir certos e errados dão cabo de mim. Ide obter prazer com quem gostais e deixai que os outros o obtenham como melhor lhes aprouver.

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publicado às 20:54


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